A região do Real Parque, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas, agora conta com este edifício comercial de usos variáveis. |
Poucos verbos combinam tão bem com "empreender" como o verbo "construir". Tanto que em certos aspectos eles são sinônimos - especialmente na Arquitetura, onde "empreendimento" e "construção" são palavras da mesma família.
No Brasil, construir é uma tarefa cara, ainda mais num país onde o planejamento de longo prazo é alterado sempre que os ventos mudam na Economia. Por isso, os empreendedores - e construtores - da edificação retratada aqui, optaram por não trabalhar com dinheiro emprestado.
As primeira conversas em torno do projeto foram iniciadas no final de 2014. Já o primeiro semestre de 2015 foi dedicado ao desenvolvimento da versão definitiva, que foi apresentada em sua forma simplificada na Prefeitura Municipal de Campinas, cujo processo de análise e aprovação consumiu vários meses.
Enquanto isso, nossos contratantes se prepararam para começar a obra em 2016. Com 328 metros quadrados divididos em dois pavimentos, num terreno de 337 metros quadrados, o projeto ocupou toda a área permitida pelas leis locais. Os dois pavimentos forma concebidos com planta livre, prevendo algumas divisões internas com paredes do tipo "Drywall".
O pavimento térreo tem pé-direito de 4,7 metros de altura e permite a adoção de um mezanino parcial para estocar mercadorias. Já o pavimento superior conta com pé-direito de 3,2 metros. Ambos contam com sanitários masculinos e femininos, além do sanitário de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, pois há estrutura para instalação de um elevador neste sentido.
A parte principal da obra se estendeu até os primeiros meses de 2017. Quando chegou a etapa do acabamento fino da obra, como a instalação das esquadrias de alumínio e o assentamento de pisos cerâmicos, a obra entrou num período de maior lentidão, para não sacrificar o fluxo de caixa dos investidores. Deste modo, os serviços se estenderam até 2018.
No começo de 2019 faltava obter o Habite-se por parte da Prefeitura de Campinas. Mesmo com a contratação de um escritório especializado neste tipo de burocracia, o processo se arrastou por semanas, mas finalmente foi concluído em tempo do edifício ser entregue para os locatários.
Depois de quase cinco anos de espera, finalmente o empreendimento começou a gerar renda passiva. Quem sabe, no futuro, os próprios construtores do edifício possam usar ele para negócios próprios, como era a ideia original. Porém, vale lembrar, o Brasil é um "país onde o planejamento de longo prazo é alterado sempre que os ventos mudam na Economia."
Ainda assim, projetar é preciso.
Acompanhe a evolução deste empreendimento ao longo dos meses, nas imagens a seguir.
Perspectiva da fase de estudos do projeto, iniciada em novembro de 2014. |
Corte longitudinal do projeto formalizado e aprovado durante o ano de 2015. |
Visita em obra antes da concretagem das vigas baldrames, durante janeiro de 2016. |
A impermeabilização do alicerce foi inspecionada em fevereiro de 2016. |
As paredes de alvenaria do pavimento térreo ganham corpo em abril de 2016. |
A laje piso, do tipo protendida com enchimento de poliestireno expandido, sendo montada em junho de 2016. |
A fachada lateral parcialmente rebocada em outubro de 2016. |
O pavimento superior em estágio de acabamento durante o mês de janeiro de 2017. |
A edificação concluída e fotografada em junho de 2019. |
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