Biblioteca básica do jovem arquiteto

Vejam que mensagem gratificante a Amanda escreveu:

"Olá Jean, fiquei encantada com seu trabalho, principalmente ao notar sua dedicação e busca pelo bem estar do cliente, diga-se de passagem essencialmente importantes na profissão do arquiteto!

Tenho lido suas publicações no blog e estas tem me edificado muito. Em uma delas dizia "Ler e estudar: verbos que os melhores arquitetos devem conjugar ao longo da carreira, mesmo depois de formados."

Eu ainda estou começando a faculdade de Arquitetura. Porém, já com esse entusiasmo de aventureira. Então, gostaria de saber indicações suas sobre bons livros e outras fontes de informação que possam me engatilhar nesse início de caminhada, incluindo suas dicas e experiências. Desde já agradeço e parabéns pelo seu trabalho!"

Respondemos em duas oportunidades:

É uma satisfação constatar que o nosso trabalho é lido e acompanhado pelos mais jovens e sempre que possível procuro atender a todos que me escrevem.

Você me fez uma ótima sugestão de “pauta” de atualização da página. Por favor me dê alguns dias para elaborar algumas dicas de leitura, que nunca serão suficientes, mas podem servir de ponto de partida.


Depois de uma semana, finalmente concluímos a tarefa proposta:

Elaborar listas sobre qualquer coisa significa que você vai esquecer de algo ou alguém importante, seja para fazer as compras no supermercado, seja para definir os melhores guitarristas de todos os tempos. Para indicar fontes de leitura para um tema tão vasto como a Arquitetura e Urbanismo não seria diferente: quanto mais enxuta e básica a lista, maiores serão as lacunas da mesma. Mas pensando bem, se não fossem as lacunas presentes até nos átomos, o Universo seria um lugar literalmente insuportável.

Os livros não são a única fonte de informação para os estudantes e profissionais de Arquitetura e Urbanismo, a começar pelo advento da Internet, que despeja uma quantidade enorme de artigos não catalogados no mundo virtual. Visitar obras e cidades importantes também é uma fonte de aprendizado, especialmente quando o senso crítico faz parte da observação, que uma vez aguçada poderá ser útil até numa ida ao Shopping Center. Cabe ao arquiteto e urbanista manter contato com outros profissionais, através de feiras, seminários, palestras ou simples reuniões na associação local.

Logicamente, os anos passados na faculdade são importantes e o convívio com professores e outros alunos é fundamental. No campus universitário vemos gente de diversas origens e isso, por si só, é um fator de enriquecimento cultural. Mas o curso passa rápido, e se o aluno não ingressa numa pós-graduação ou mestrado, cabe a ele ter a auto disciplina de manter-se sempre antenado com as novidades e com as boas práticas profissionais. Foi baseado nestes quesitos que elaboramos as dicas de leitura a seguir.


É preciso começar de algum ponto e um livro que serve de introdução ao assunto é direcionado não só ao aluno da faculdade, como ao público em geral. Trata-se de “Arquitetura Comentada – Uma Breve Viagem pela História da Arquitetura” de Carol Strickland, uma americana com pós-doutorado pela Universidade de Michigan. Em cinco capítulos, a autora passa por todos os períodos e principais estilos da Arquitetura, chegando nas portas do século XXI. É como se fosse um lago bem extenso, porém raso, com pouco aprofundamento em cada assunto, e por isso mesmo é uma leitura fácil e amistosa.

Passamos aos “tijolões” - livros que ninguém seria louco de ler seguidamente, de capa a a capa. São livros com três momentos de abordagem: a primeira para observar as imagens, a segunda para ler as legendas, e a terceira para mergulhar nos textos e digerí-los aos poucos. Do italiano Leonardo Benevolo temos “História da Cidade” e “História da Arquitetura Moderna”, ambos publicados no Brasil pela Editora Perspectiva. Do ex-prefeito de Roma, Giulio Carlo Argan, podemos citar “Arte Moderna”, que não é restrito à Arquitetura e por isso mesmo abre o leque de referências para o estudante.

Com relação à Arquitetura do Brasil, o francês Yves Bruand veio ao país para escrever “Arquitetura Contamporânea no Brasil”, cobrindo um período entre as décadas de 1920 e 1960 - época em que a nossa Arquitetura chamou a atenção dos europeus, devido à receptividade dos projetistas brasileiros em aderir aos conceitos modernistas. Esse livro é particularmente importante para sabermos que Oscar Niemeyer não foi o único mestre da nossa Arquitetura. Também tivemos Affonso Reidy, Lúcio Costa, Vilanova Artigas e Rino Levi, entre outros.


Como os arquitetos atuam basicamente nas cidades, é imprescindível levar em conta a importância do Urbanismo em nossa história, cuja introdução neste quesito é feita por Françoise Choay em sua coletânea de textos denominada “O Urbanismo”. Dois arquitetos europeus também se debruçaram com destaque na análise do desenvolvimento das cidades: Camillo Sitte em “A Construção das Cidades Segundo seus Princípios Artísticos” e Aldo Rossi em “A Arquitetura da Cidade”. São livros que obviamente passam longe das cabeceiras de cama dos políticos que governam as nossas cidades, sem planejamento definido.

Com os motores aquecidos no que se diz respeito à teoria e história da Arquitetura e Urbanismo, podemos facilmente aceitar o desafio de ler duas obras publicadas no Brasil pela editora Martins Fontes. A primeira é “História Crítica da Arquitetura Moderna” de Kenneth Frampton e a segunda é “Complexidade e Contradição em Arquitetura”, de Robert Venturi. A leitura de volumes com teor crítico pode ser muito útil para treinar o indivíduo a escrever memoriais justificativos, que são documentos levados em conta nos concursos de obras públicas, que o Estado deveria realizar com maior frequência.

Mudando o foco para a prática do projeto, todo aluno que ingressa na faculdade vai ouvir falar da “Arte de Projetar em Arquitetura” do alemão Ernst Neufert. Publicado pela primeira vez há mais de 65 anos, este compêndio sobre normas técnicas, materiais de construção, dimensões a partir da escala humana e usos diversos das edificações, tornou-se uma clássica fonte de consulta, que ainda será válida por muito tempo, já que ninguém ousou escrever algo mais atualizado. Ter um “Neufert” na prateleira é como ter um disco do Roberto Carlos no aparelho de som: muita gente aprecia, mas poucos reconhecem isso em público.


Hoje em dia, a computação gráfica substituiu o método tradicional de projetar, com o uso da prancheta, réguas, esquadros, compassos e canetas de nanquim. Ocorre que os primeiros programas de CAD eram como pranchetas eletrônicas, então ainda é válido conhecer técnicas antigas de elaboração de desenhos, especialmente das perspectivas, ainda usadas por arquitetos que fazem estudos à mão livre. A editora mexicana GG traz duas obras em espanhol, que valem a pena serem procuradas nos sebos: “Perspectiva para Arquitectos” de Schaarwächter e “El Estudio de las Sombras en la Perspectiva” de Willy Bärtschi.

Arquitetos que além de projetar acompanham obras, precisam se familiarizar com o vocabulário usado nas construções, para poder dar as primeiras instruções para os pedreiros, ferreiros, carpinteiros, eletricistas e encanadores. A Ediouro publica livros voltados para um público leigo que são úteis nesta hora. O “Manual do Construtor” do engenheiro Roberto Chaves, ensina coisas básicas como a dosagem do concreto. Já o arquiteto Caio de Mello Franco coordena a edição de duas obras interessantes: “Manual de Construção de Escadas” e “Tesouras de Telhado”. Leitura e consulta válida para quem perdeu as anotações da época da faculdade.

Poucos arquitetos gostam de se envolver com o detalhamento estrutural, mas mesmo estes precisam saber encomendar esta tarefa aos calculistas, geralmente os engenheiros civis. A dica certeira neste quesito é “Concreto Armado Eu te Amo – para Arquitetos” de Manoel Henrique Campos Botelho, um engenheiro civil que soube ser didático sem ser árido ao abordar o modo mais popular de se construir no Brasil. A obra está de acordo com as normas técnicas brasileiras e tem a chancela do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo.


Em cidades com topografia mais acidentada, repleta de terrenos com acentuados declives ou aclives, os arquitetos se deparam com a necessidade de planejar movimentações de terra, que geralmente resultam na decisão de adotar muros de arrimo e sua correta drenagem. Mesmo para quem não deseja se tornar especialista no assunto, deveria ao menos consultar o “Caderno de Muros de Arrimo” de Antonio Moliterno. São páginas repletas de tabelas de cálculo, fórmulas matemáticas e conceitos apresentados em desenhos esquemáticos.

Como a Arquitetura possui braços diversos que vão do paisagismo ao planejamento de interiores, não temos como nos aprofundar em cada área, pelo menos nesta ocasião. Da Editora Senac de São Paulo vamos pinçar duas recomendações: “Jardinagem e Paisagismo” de Wolfgang Stechenko e Nanci Moreira e “Projetando Espaços – Guia de Arquitetura de Interiores para Áreas Residenciais” de Miriam Gurgel. Este último é direcionado para alunos de Design de Interiores, mas serve perfeitamente para arquitetos que desenvolvem o leiaute de mobiliário em seus projetos.

Levando a lupa dos mobiliários internos para o planejamento de grandes extensões de terra nas cidades, chegamos no livro de Juan Luis Mascaró: “Loteamentos Urbanos”. Densamente ilustrado e escrito numa linguagem fluída, estão nele desde noções básicas de representação em desenho até a análise da topografia, clima, economia e costumes locais. A abordagem sobre o desenvolvimento de sistemas viários é uma boa referência tanto para profissionais liberais quanto para aqueles que trabalham nas prefeituras.


E como nós batemos muito na tecla do conforto ambiental e natural das construções, não poderíamos encerrar nossa lista sem mencionar dois livros que, cada um ao sem modo, são muito prazerosos de ler: “Ventilação e Cobertas – A Arquitetura Tropical na Prática” de Gildo Monteiro, e “Ecotécnicas em Arquitetura – Como Projetar nos Trópicos Úmidos do Brasil” do americano John Hertz – sim, os americanos também se interessam pelo nosso país. Mais do que manuais didáticos, tais livros são fontes de bom senso para o bem estar, que alguns buscam por outro caminho, como no Feng Shui.


Vamos ficando por aqui. Ainda poderíamos citar livros sobre os grandes mestres da Arquitetura, brasileiros e internacionais como Frank Lloyd Wright, Le Corbusier, Richard Neutra e Alvar Aalto. Grandes escolas também merecem uma análise, como a Bauhaus de 1919 a 1933, que através de Walter Gropius e outros, fez parte dos fundamentos da Arquitetura do Século XX. É muito gratificante folhear, por exemplo, um livro sobre o paisagista Burle Marx. Mas cada arquiteto, ao seu gosto e preferência, pode acrescentar volumes à sua coleção conforme o passar dos anos.

Livros são caros? Alguns sim, outros são mais populares e de fácil aquisição. Mas eles estão sempre na conta do investimento, e não das despesas. Além disso, o arquiteto não deve se ater somente aos livros de seu campo de atuação. Ler sobre diversos assuntos nunca será um desperdício. E isso inclui jornais e revistas, por mais que tais periódicos venham sofrendo com as mudanças de costumes, numa sociedade que está cada vez mais conectada. O problema é chegar à conclusão de que não dará tempo de ler tudo o que interessa numa vida só.

Com votos de saúde e sucesso,
Jean Tosetto - Arquiteto


Por falar em livros...


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33 comentários:

  1. Olá, Sr Jean.
    Assim como o senhor, também sempre tive talento para desenhar, inclusive, sempre fui bom em montar estruturas em papel em trabalhos da escola. Mas agora depois do segundo grau, penso em cursar arquitetura, já que é o trabalho que mais tem a ver comigo e minhas capacidades. O maior problema é que quando faço pesquisas na internet e pergunto a outros arquitetos, ele sempre me falam que o mercado já está saturado de mais, com muita concorrência e que por isso alguns arquitetos acabam baixando os valores, assim abaixando o nível da profissão e salário.
    Moro em Belo Horizonte-MG e é difícil para mim colher algumas informações a respeito do mercado, pois nem mesmo em sites oficiais os números batem com os valores do mercado de construção. Alguns amigos meus me falam que só penso em dinheiro, mas não é verdade, pois sei que essa profissão depende muito da demanda do mercado, é muito importante estar a par dessas informações. Tenho um amigo que fez Engenharia Ambiental e não conseguiu emprego e olha que fez em particular. Gastou mais de 50 mil e tomou um prejuízo para a vida, sem falar nos anos perdidos. Não quero que aconteça isso comigo.
    Tenho um talento natural para criação de estrutura e senso espacial e odiaria ver toda esse talento ser jogado fora.
    Nós jovens precisamos de muita ajuda e conselho de profissionais na área que queremos seguir.

    Aproveitando, o senhor poderia dar uma olhada também no meu blog sobre aeromodelismo em papel, só para ter uma ideia da minha criatividade.

    Obrigado mesmo.

    Bruno.

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  2. Caro Bruno,
    Você escreve bem e este atributo lhe será útil na profissão que escolher.
    A construção civil está aquecida no Brasil e este quadro promete ser estável nos próximos anos, ou seja, provavelmente haverá trabalho para uma gama crescente de profissionais.
    Logicamente o mercado envolve a competição e a ética. Você não deve responder pelos concorrentes que abaixam o preço, mas apenas pela sua prestação de serviço, que deverá ser a melhor possível.
    Leia mais no artigo a seguir:
    http://www.jeantosetto.com/2010/10/arquitetura.html
    Entrei em seu blog, que me pareceu ser promissor. Continue atualizando ele com frequência!

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    1. Estamos em 2015 e vc está errado. Abraços

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    2. Quase quatro anos depois de ter escrito o comentário, reafirmo que ele está correto. No começo de 2012 a construção civil estava aquecida no Brasil e tudo indicava que este quadro seria estável nos anos seguintes. A despeito da crise na economia, acentuada em 2015, os melhores profissionais continuam trabalhando.
      E os medíocres? Estes vão reclamar sempre, até quando tem trabalho demais para fazer, ou matérias demais para estudar na faculdade.

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    3. Caro Sr. Jean,
      Dentro de poucas semanas estarei iniciando meus estudos em arquitetura. O que era um sonho... logo tornará realidade, e assim me dedicarei para isto.
      Bem, estava procurando pela internet, uma relação de livros que pudessem nortear o que realmente é relevante conhecer e saber para um futuro arquiteto. Sei que alguns livros são mais caros, entretanto, assim como o senhor, concordo que todo o saber gera conhecimento e que todo conhecimento aprendido não deve ser reconhecido como uma despesa, pelo contrárioé o melhor investimento. Tenho 34anos e gostaria de agradecer por sua iniciativa e pró atividade por ter relacionado cada um desses livros, realizando comentários que são de fácil compreenção, inclusive por mim que sou um estudante de arquitetura.
      Muito obrigado!
      Se for possível, gostaria de adiciona-lo à minha rede de contatos no LinkedIn.
      Att. Márcio J. França

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  3. Jean Tosetto, a tempos que vez ou outra me deparo com seu site quando faço minhas buscas sobre arquitetura. Coincidência ou não estou eu aqui de novo lendo esse texto fantástico que caiu como uma luva para o problema que estava passando agora: Falta de orientação.
    Fico angustiado pois tenho muita vontade de adquirir conhecimentos na área e fico perdido sem saber por onde começar , pelo menos até agora...

    Obrigado pelos conselhos e sucesso pra você, pois merece! Aliás para todos nós que decidimos nos aventurar nesse mundo da arquitetura!

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  4. Caro Ricardo Bruno,
    A Internet é um meio fantástico de comunicação e democratização do conhecimento e, como espelho do mundo real, também tem muita poluição e coisas supérfluas.
    Cabe a nós decidir que tipo de uso vamos fazer desta ferramenta, tanto para coletar como para difundir informações.
    De minha parte, creio que você já percebeu o que venho fazendo há alguns anos, desde que me formei.
    Sucesso para você também e a gente vai se topando pela rede.
    Abraços!

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  5. Caro senhor Jean Tosetto

    Eu amo ler e amo escrever, não sou boa em matematica (Mas estou me empenhado para melhorar) Termino o 3ano esse ano e estou um pouco perdida em relação a que profissão devo seguir.
    Eu me aprofundei um pouco sobre a arquitetura e urbanismo e mesmo sem ter o dom para desenha me interessei muito em me tornar uma arquiteta, isso é possivel?

    OBRIGADA

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    1. Olá Bárbara,
      Antes de ser um bom desenhista, um arquiteto é um prestador de serviço. Portanto, para trabalhar nesta área, é preciso vencer a timidez e ter em mente que cada contratante deve receber o melhor atendimento possível.
      Se você vai fazer isso com desenhos à mão livre ou apenas computadorizado vai depender do seu modo de trabalhar: cada um desenvolve o seu. Logicamente que as noções básicas de desenho são essenciais e é preciso praticar muito.
      Procure se inteirar melhor sobre o assunto e comece desde já a desenhar. Faça um acordo também com a Dona Matemática, para ela não pegar tanto no seu pé, que vocês vão acabar se entendendo.
      Boa sorte!

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  6. Jean Tosetto, seu trabalho é incrível! Muito sucesso na sua carreira, pois você merece! Adorei ler suas postagens, que por sinal, estão me ajudando e me inspirando na faculdade. Obrigada!

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    1. Olá Karina, obrigado por suas palavras. Nessa vida temos que ajudar uns aos outros. Desejo sucesso para você na faculdade e na carreira - abraços!

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  7. Muito bom, pena que estes livros :
    -Arquitetura Comentada – Uma Breve Viagem pela História da Arquitetura -Carol Strickland; e,
    -A Construção das Cidades Segundo seus Princípios Artísticos- Camillo Sitte;

    Todos estão egotados na editora, e com estes muitos outros livros em arquitetura e urbanismo,com o tempo não são mais editados, fica ai um alerta, é bom começar cedo a comprar alguns titulos.
    Obrigado Tosetto, espero que estas linhas sejam uteis aos jovens Arquitetos.

    Luiz Carlos.

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    1. Caro Luiz Carlos,
      Grato pela informação. Cada vez mais os alunos de Arquitetura terão que procurar livros em sebos e no maravilhoso site "Estante Virtual", embora por preços obscenos, como é o caso do livro de Camillo Sitte. Fica o link para o amigo leitor:
      http://www.estantevirtual.com.br/

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  8. Olá Jean, eu estou decidindo qual faculdade irei cursar ainda em 2015. Tenho paixão por matemática e geometria, porém não sou muito boa em história e literatura e eu estava pensando em cursar arquitetura. Você acha que isso me seria um bom motivo para eu desistir da arquitetura por ela incluir tanto esses quesitos?

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    1. É preciso ter muita convicção para cursar Arquitetura. Trata-se de um curso que exige bastante do aluno e de uma carreira que pede muito entusiasmo.
      Nunca é tarde para se interessar por História e por leitura em geral. Você só tem a ganhar com isso, independentemente da faculdade que escolher.

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  9. Wow, boa seleção, uma grande parte destes livros são recomendados pelos professores e que os alunos (me incluo nessa) leem de forma rápida e sem a devida atenção, ou quando pegam só os capítulos essenciais para lograr êxito na matéria.... estou montando uma lista de livros para eu ter em casa, e sempre consultar, ou simplesmente ter uma leitura agradável em momentos livres, esta lista contém vários livros que tinha selecionado e alguns que não havia cogitado comprar... grato pela ajuda!! :)

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    1. Obrigado, internauta. Ainda preciso elaborar outra lista, desta vez sobre filmes e documentários de algum modo relacionados com Arquitetura.

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  10. Jean, tu achas que vale a pena adquirir uma edição de 1965 do livro "Arte de Projetar em Arquitetura" ?? Não sei se livros antigos como esse ficam muito defasados para o estudo da arquitetura.
    Obrigado pelas ótimas dicas!!

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    1. Patryck, pode adquirir o livro, sim. Muita coisa nessa edição ainda será válida e você poderá contar com as normas atualizadas da ABNT para elaborar seus projetos no futuro. Abraço!

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  11. Gabriela Aguilar23/02/2015, 14:30

    Caro Jean, encontrei seu blog há 4 dias e desde então o visito todos os dias. Obrigada por disponibilizar esse espaço tão enriquecedor! Sempre fui apaixonada por arquitetura e desde cedo conseguia me encantar por construções e tudo que envolvia arte. Quando adolescente, passei bons anos morando na Europa e entrei em contato com várias culturas surpreendentes. Aprender línguas se tornou um hobby. Porém por muito tempo negligenciei esse meu gosto, e até um certo dom, e quis cursar na área da saúde onde acabei me frustrando e desistindo. Foi aí que percebi o quão importante é fazer algo que se ama, e não somente porque tal profissão é vista mais atuante na sociedade.
    Então aqui estou eu, já com meus 21 anos, prestes a iniciar o curso de Arquitetura numa Universidade Federal, cheia de expectativas, dúvidas e anseios, com medo de errar de curso novamente ou até mesmo de não ser tão criativa quanto eu deva ser.
    Pelo pouco que escrevi, o senhor percebeu em mim um mínimo de vocação? Jovens sempre inseguros, rs...

    Obrigada mais uma vez! Sucesso e que Deus o abençoe!

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    1. Prezada Gabriela,
      Aos 21 anos de idade, e com a bagagem cultural que você adquiriu morando na Europa, você tem as condições ideias para aproveitar muito bem a faculdade de Arquitetura.
      Espero que você tenha visitado as praças mais tradicionais da Itália (pelo menos) pois quando os professores de Urbanismo comentarem sobre elas como núcleo do desenvolvimento das cidades, você saberá do que eles estão falando.
      No mais, espero que vença sua insegurança com muito entusiasmo nos estudos. Não tem outro jeito de começar bem uma carreira neste ofício.
      Boa sorte!

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  12. Jean,
    Estou pretendendo fazer arquitetura, mas tenho muito medo que esse curso tenha muito cálculo. Já li muito na internet e todos falam que não tem tanto cálculo assim (pelo menos em comparação com engenharia), daí veio o pensamento de que não haveria tanto cálculo mas que constituiria matérias difíceis. Então, você pode me esclarecer isso? E também queria saber se fazer projetos por computador é complicado. Obrigado desde já.

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    1. Realmente, na faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a carga horária específica envolvendo cálculos é menor em comparação com qualquer curso de Engenharia. Isso não exime o estudante de se interessar por Matemática. leia este artigo sobre o assunto:

      http://www.eniopadilha.com.br/artigo/5561/de-caso-serio-com-a-matematicabrjean-tosetto--0812

      Fazer projetos por computado não é uma opção, é uma imposição do ofício. Se é complicado? Pode ser, mas para quem não leva a sério os estudos.

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  13. Jean Tosetto, gostaria de saber se há matérias sobre desenho no curso de arquitetura. Não sou tão bom nisso, e pensei que podia aprimorar (ou melhor, aprender) na faculdade.

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    1. Sim, existem algumas disciplinas que abordam o desenho na faculdade, mas elas não compensam a eventual falta de aptidão dos alunos. Tudo depende, também, do empenho de cada um.

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  14. Foi de grande ajuda!! Obrigada!

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  15. Olá Jean, ótimo blog e trabalho!
    O que você aconselha de livro do/sobre Burle Marx?
    Obrigada. Sucesso e felicidades.

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    Respostas
    1. Olá Adriana, grato pela gentileza.
      Tenho um livro da já saudosa editora Cosac & Naify sobre o trabalho de Burle Marx, escrito competentemente por Vera Beatriz Siqueira e ricamente ilustrado. Se não é a obra definitiva sobre o paisagista, é uma ótima introdução ao seu legado.

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  16. muito bom! Muito obrigado! Fico feliz quando alguém se dispõe a ajudar quem nem conhece!

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    1. Quando Paulo de Tarso chegou na Grécia, ele converteu muitos cidadãos ao cristianismo ao falar do Deus desconhecido, para quem os gregos já reservavam alguma veneração, dentre toda a variedade mitológica da época. Abraço!

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  17. Muita coisa bacana por aqui, terei muito conteúdo para ver e ler por um bom tempo.

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